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Aqui fazem parte histórias, de várias vidas, da minha e não só, mas que no final de contas, são as vidas de muitos nós. Por vezes, apenas uma imagem, outras um pouco mais. Este blog é feito de simplicidade e vivências.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
- 31 (someone like you I)
de certa forma, e com uma certa teimosia, eu gosto de ti. De uma forma até desconcertante, descontinuada, desabituada, eu gosto de ti .às vezes penso sobre isso, é até descontrolado. Somos tão diferentes, e ainda assim, as nossas sombras teimam em não se separar. Eu, sou incapaz de te deixar, do outro lado da cidade, quanto mais noutra ponta do país, ou fora dele. Tu, no entanto, vais-te, por longas horas, longos dias, semanas até, e eu fico por aqui à tua espera. Não consigo virar-te as costas, deixar por dizer, ou até, não te ouvir, no entanto, quanto menos conversas, melhor para ti. Para mim são opiniões, para ti, são simples birras que não aguentas, nem 'tás para aturar. Eu, não consigo adormecer sem saber que estás bem, tu vais para cama, e esqueces-te de mim. Quando nos chateamos, eu passo horas e horas a pensar em ti, tu procuras refúgios que te façam esquecer de mim. E ainda assim, continuamos aqui, atravessamos obstáculos e obstáculos e estamos assim. Eu era a tua pequena princesa, há dias em que acordo como se nada fosse, oiço-te, por vezes, dizeres que sou a mulher da tua vida, que queres casar comigo, e que queres passar todos os teus dias ao meu lado, mas, é muito cruel o que te vou dizer, isso não chega. Não tenho que vestir um vestido lindo de morrer, nem de calçar uns saltos altos para te ouvir dizer que estou linda, é suposto que repares em mim nem que eu vista um trapo. Ainda assim, continuamos aqui. Digo-te todos os dias o quanto és lindo, estejas tu como estiveres, o quanto te amo, o quanto te quero. Eu procuro dar-te sempre o teu espaço, mas os nossos espaços são diferentes, tu queres tempo, e eu quero ter sempre tempo para ti. É quase como a bela e o monstro, tão diferentes, e ainda assim, de alguma forma, tão iguais.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
- 30 (don't look back in anger I)
Não é por mal, a sério que não. Mas custou-me tanto que saísses da minha vida, que não te quero aqui de volta, nem mesmo como amigo. Não sou capaz de to dizer, mas não quero, de todo. E sabes porquê? Porque nós nunca fomos amigos, nunca nos ficámos apenas pelo "gosto de ti", e tu não sabes como ser meu amigo, para ti, tudo o que sabes de mim são os beijos, sempre demorados, que te dei entre gotas de chuva, porque foste o meu inverno, os abraços em que te abri o meu coração, e todas as muitas vezes que corri atrás de ti. Não percebes? sempre fomos mais diferentes do que é possível juntar, não podes chegar agora e dizer-me que te marquei, depois de tudo o que me magoaste, e esperar que eu caia nos teus braços. Já não, nunca mais. Já passaram alguns anos desde que te foste embora, e nem olhaste para trás, quem vai assim, não merece qualquer retorno. Deixa-me em paz, deixa a minha vida como está, porque eu não sinto nada de ti.
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