um pouco de tudo, um pouco de nada

Aqui fazem parte histórias, de várias vidas, da minha e não só, mas que no final de contas, são as vidas de muitos nós. Por vezes, apenas uma imagem, outras um pouco mais. Este blog é feito de simplicidade e vivências.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

-34

Eu não fui feita para despedidas, não fui feita para pronunciar essa palavra com apenas cinco letras, que em nada se compara ao seu tamanho. Eu não consigo, cortar uma ligação como se nada tivessem a ver, como se nunca se conhecessem, como se duas vidas nada tivessem vivido em comum. Não sou capaz de imaginar como se esquecem as pessoas, como podemos nós esquecer-nos de quem deixou uma parte em nós? E é por isso que não percebo nem consigo aceitar que vocês dois se tenham ido embora, e logo vocês! O meu mal é gostar demasiado das pessoas, esquecer-me de mim e lembrar-me sempre dos outros, eu não vejo a maldade em vocês, por mais que me digam que vocês foram de vez e não merecem o meu tempo, eu não consigo deixar-vos para trás, faz parte do que sou, não sou capaz de ver ninguém a ficar. Como é que apagamos alguém da nossa vida? Como é que esquecemos que lá no fundo e apesar de tudo, até gostamos bastante de alguém. As amizades quando são amizades, e o importante é perceber se é ou não, não se ficam por ali, não se acabam, no máximo, pronuncia-se um até já. E vocês sabem que eu não chamo qualquer um de amigo. Mas vocês não voltaram, nem voltam, cada um de vocês é mais orgulhoso que o outro, e eu tenho medo de me habituar a viver sem vocês. Fazem-me falta, mentiria se dissesse o contrário, mas às vezes sinto-me tão magoada com vocês que sorrio, é mais fácil sorrir do que mostrar que vocês me deixaram para trás. Eu pensava que vocês iam ficar sempre comigo.

- alguém

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

I'm not the one.


às escondidas, era muito mais bonito. era só eu e tu, e não existia nenhum nós, esse tão poderoso nós que se deixou afundar no tempo, ele é que estragou tudo. Sabes o que é que me deixava completamente derretida? eram as escapadelas dos compromissos, rápidas mas com o maior amor de todos, pequenas mentirinhas alheias que nos proporcionavam alguns minutos lado a lado. Era essa procura, essa necessidade de me teres que me levou a ti, mas agora não, agora que existe um nós não te surpreendes tanto. Não passas horas simplesmente a meu lado, como se o resto do mundo deixasse de existir, estás comigo, mas ligado a toda a gente, e eu não, entrego-me por completo. Contigo, sou só tua, longe de outras conversas e outros momentos, tens-me sempre por inteiro. A culpa é minha, não me devia ter perdido por ti, talvez assim, todos os dias me mostrasses o quanto queres passar a tua vida a meu lado. A culpa foi minha. - esboçarias um sorriso se me ouvisses pronunciar estas palavras, e tens razão, são uma raridade no meu feitio. Sabes o que falta no teu? paciência para quem te quer bem, e aprenderes a ouvir, porque nem sempre tens razão. E se há coisa que teimas em não aprender é isso. Brigas comigo durante horas e não te apercebes que se torna num monólogo, porque nunca me deixas falar, nunca tenho oportunidade de me defender. Às vezes penso que escolheste a profissão errada. Mas sabes o que dói mais? é o amor que eu não deixo de sentir por ti.