um pouco de tudo, um pouco de nada

Aqui fazem parte histórias, de várias vidas, da minha e não só, mas que no final de contas, são as vidas de muitos nós. Por vezes, apenas uma imagem, outras um pouco mais. Este blog é feito de simplicidade e vivências.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

- 43 (Don't look back in anger II)

Quem diz que o amor é cego, não amou. O amor não é cego, só prefere fechar os olhos à verdade. Não parece, mas são duas coisas completamente distintas.
Eu sempre soube que devia deixar-te, mas sempre que eu metia esse tão dificil pensamento na minha cabeça, tu teimavas em voltar. Às vezes parecia que tinhas algo que te avisasse, algo em que te baseasses para saberes se ainda morria de amores por ti. Eu tentei, tentei muitas vezes fingir que já não lá estavas, que já não me querias e que era hora de me ir embora, mas tu querias esquecer-te que ocupavas outro coração. Eu errei, dei-te o meu tempo e a minha vida mas, nunca me esqueci que já tinhas o amor de alguém. Ainda assim, durante tanto tempo procurei-te em todos os cantos, esperando que um dia me dissesses a verdade, eu sabia, sempre soube que não irias deixar o que tinhas como tão garantido, não agora, não antes, na verdade, não me deixaste por esse amor? Como podias tu deixá-lo.
E hoje penso como magoámos tanta gente à nossa volta, numa tentativa de nos amar-mos. Não duvido que gostasses de mim, sempre achei dificil teres espaço para dois amores em ti, nunca te disse, devia ter tido coragem para te confrontar, para dizer mais vezes que não eras homem para mim, para te lembrar que não queria ser nem a tua segunda escolha, nem a primeira, sabendo que terias uma segunda. Hoje, fico feliz por te ter esquecido. Hoje sou feliz por me ter lembrado todos os dias, com tanta força, que tu não eras meu.

domingo, 19 de agosto de 2012

- 42 (ugly truth I)

"Telefonar-lhe para quê? Não se pede carinho, nem amor, nem atenção, nem tempo a ninguém. Se as pessoas gostarem mesmo de nós, acabam por nos dar tudo."

sábado, 18 de agosto de 2012

- 41

Há cafés e cafés, mas há cafés em que as histórias se bebem com café, e o meu café é assim. Há dias, enquanto bebia um café, folheava o jornal e por acaso, um grupo de rapazes prendeu-me a atenção, quando um dos seus amigos dizia muito chateado para o outro que estava farto da namorada, e que as mulheres são demasiado difíceis de compreender e agradar, nisto, tudo o que me apetecia fazer era chegar ao pé dele e dizer-lhe: Por muito chata que possa ser a tua namorada, por muito difícil que seja agradar-lhe, por muito que às vezes te sintas cansado de a fazeres feliz, experimenta chegar a casa dos teus amigos, desatares a gritar com eles e a responder-lhes mal quando alguma coisa não te corre bem, e vais ver a rapidez com que eles te mandam para onde vieste, mas tenho a certeza, que se chegares ao pé dela, gritares por coisas que nada lhe dizem respeito, ela vai simplesmente calar-se, vai deixar-te falar, vai passar a noite em claro a chorar porque acabaste por dizer algo que na verdade não devias, e de manhã, quando acordares e te esqueceres que o dia te correu mal, ela vai levantar-se, sorrir-te e fazer-te o café da manhã, como se nada tivesses feito, e aí talvez percebas que por muito que ela seja difícil de agradar, quando realmente precisas, continua la, nas coisas mais pequenas, que não envolvem ver jogos de futebol e beber uns quantos copos, é ela que lá está.

- 40

Não, os homens não são todos iguais, todos eles têm uma forma especial de não nos compreender - que os distingue.

domingo, 12 de agosto de 2012

- 39

Ontem vi um filme que me fez pensar.. por momentos até pensei que não tivesse o habitual happy ending, mas claro que teve, no entanto deu-me mesmo que pensar.

Sempre me disseste que não compreendias porque é que eu deixei de lutar por ti, mas não é assim tão difícil de compreender, claro que gostava de ti, mais do que o mundo pode imaginar, - eu gostei mesmo de ti. Mas não podia correr atrás do inevitável, não podia desesperar por ti e esperar que um dia caísses em ti, se teimaste em não te lembrar - digo assim, porque sabes o quanto eu sempre odiei a palavra esquecer - de nós. Até me atreveria a dizer que foste amachucando os pedacinhos de nós que te restavam por aí, nós não tivemos nenhum final feliz, mas sabes que mais? não ia-mos conseguir, sempre me disseram que se amamos realmente alguma coisa, devemos deixá-la ir, quem sabe um dia ela queira voltar. Se voltares um dia, não te posso garantir que estarei aqui, porque muito sinceramente, já não estou, mas posso sempre ajudar-te a aprender a deixar-me ir.

domingo, 1 de abril de 2012

- 38

Às vezes queria entrar na tua cabeça, mas ao mesmo tempo, tenho medo. Eu queria saber o que é que realmente pensas de mim, quando me vês, quando me beijas, quando me agarras, ou simplesmente falas comigo... ou talvez não.

quarta-feira, 7 de março de 2012

- 37 (Sorry seems to be the hardest word V)

A verdade é que não tens o direito de me amachucar assim, como se fosse papel, como se nada em mim transbordá-se de vida. Sei que às vezes não te apercebes, mas eu também tenho um coração que aperta de tanto chorar, não bate apenas quando me fazes sorrir. Não podes chamar por mim só quando queres alguma coisa, só porque sabes que eu irei a correr, às vezes sou eu quem quer, e és tu que tens que largar o mundo inteiro por mim. Agora que penso nisso, alguma vez o fizeste? alguma vez te deixaste exposto ao mundo cá fora? Eu também preciso de ti, também preciso que me protejas, todos os dias, e não apenas quando achas que me podes perder. Eu gosto de atenção, gosto de conversas e brincadeiras, e todos os dias preciso de ti, não é só de vez em quando. Às vezes devias lembrar-te de pedir desculpa, essa palavra nunca teve a sorte de conhecer o teu vocabulário, mas devias aprender a soletrá-la, e acredita, não é assim tão difícil quanto parece. Sei que és a favor de "as desculpas não se pedem, evitam-se", mas quando não as evitas, há-que lembrares-te que não estás sozinho.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

- 36

Não me despedi de ti, tento recriar este momento em mim. Eu não me despedi, virei-te as costas e segui com a minha vida, nem mais uma palavra, nem mais um sorriso ou uma lágrima, fui-me embora. Teimo em repetir estas palavras para mim, talvez assim me consiga convencer que foi isso que eu fiz. A verdade, eu não me despedi de ti, mas dói. Ainda não consegui virar-te as palavras, esquecer-me que me fizeste feliz, que me deixaste ser parte de ti. Queria ter-me ido embora e não pensar que ali estavas, mas queres a verdade? Olhei para trás mais vezes do que os meus dedos podem contar, desejei em todas elas que te voltasses, que corresses para mim e percebesses que te mandei embora porque preciso de mais de ti, mais do que devia e não tanto como gostava que me quisesses. Eu não me despedi de ti, e essa dor não me larga, não te agarrei, não te abracei, nem te disse que tudo ia ficar bem, meu amor desculpa, eu esqueci-me. Esqueci-me que sou eu quem precisa de te tocar, de sentir que ali estás, e eu sei que não queres ficar, que não me queres dar tudo o que eu te peço, mas é que eu queria tanto saber fazer-te feliz. Não consigo dormir, pensei em pegar nas minhas malas e tocar-te à porta, talvez assim saibas, sem que eu te diga, que te quero a meu lado. Não me despedi de ti, não sei porque não consegui correr atrás de ti e dizer-te que quero que fiques, que partilhes os teus dias comigo. Foste-te embora, e eu não sei como me encontrar.
O.M