um pouco de tudo, um pouco de nada

Aqui fazem parte histórias, de várias vidas, da minha e não só, mas que no final de contas, são as vidas de muitos nós. Por vezes, apenas uma imagem, outras um pouco mais. Este blog é feito de simplicidade e vivências.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

- 48


Quero pensar que também tens saudades minhas, que embora, apenas não me oiças há uns dias, também tu morres de saudades minhas. Quero acreditar que sim, que tu também não aguentas muito tempo longe de mim, que também me queres, que sentes falta dos meus sorrisos, e das minhas brincadeiras. Quero pensar que embora não digas nada, também tu olhas para o telemóvel à espera que eu te diga algo, quero acreditar que sim, que também esperas que te ligue só para te lembrar o quanto gosto de ti.
Quero pensar que também passas a nossa história na tua cabeça vezes e vezes sem conta, enquanto não me vês. Que de noite, também vais para a cama e te agarras ao que de nosso tens por aí. Queria pensar que também te deitas a pensar na minha voz, e que acordas a querer-me na tua cama. Quero acreditar que não queres aprender a viver sem mim.
Tenho saudades tuas, sempre fui assim, nunca aguentei muito tempo longe de ti, nem mesmo umas horas, e às vezes nem minutos. Nunca aguentei tempo nenhum sem as tuas palavras, sem te ver sorrir, a verdade? É que desde o dia em que eu me apaixonei por ti que eu não sei viver sem te ter aqui. És a melhor parte de mim, sempre foste. Ver-te, sempre tornou um dia normal, num dia feliz. Tenho saudades tuas. É tudo o que sei. Eu tenho saudades tuas..

quinta-feira, 13 de junho de 2013

- 47


E é este pensamento que me assusta, esta remota possibilidade de que tu não pensas em mim, não agora, não por agora. É esta ideia que me deixa ficar por aqui, sem saber se tu também pensas em mim, ou se apenas eu não sei como não pensar em ti. Quero acreditar que sim, que te deitas comigo no pensamento, que me sonhas durante a noite, e que acordas com uma vontade enorme de me ter a teu lado. Gostava de acreditar que sim. Mas eu sei que não queres pensar em mim, que me afastas da tua mente assim que me sentes a chegar. E sabes? gostava de não saber isso. Gostava de pensar que te ocupo as horas, da mesma forma que tu não sabes sair das minhas.

B.

terça-feira, 11 de junho de 2013

- 46

É a forma como as coisas saem do normal que me assusta, a forma como se alteram de um momento para o outro que me faz pensar que há qualquer coisa que não bate certo. E não é aquilo que sinto por ti, não é aquilo que somos, não é o que queremos que está errado.
É qualquer coisa em nós que não bate certo, que não nos deixa ligar um ao outro, que não nos deixa procurar-mo-nos e deixar-mo-nos levar. Sabes o que é? O terrível defeito que é o orgulho. É isso que não bate certo, é esse o obstáculo que temos que aprender a vencer, mas não é fácil, entre nós, esse nunca foi fácil.
É a maneira como as coisas saem dos carris que me faz sentir medo, porque não deviam, não tão facilmente, não depois de tudo o que já passámos, não com tudo o que conseguimos, e assusta-me. Porque sei que somos certos, que fazemos sentido.
A verdade, é que eu sei que te quero, e dói pensar que podes não lá estar, que um dia, o orgulho ganhe, e vás embora da minha vida. Fica. Fica sempre. Assusta-me não te poder ter aqui. Queria que me dissesses que vai ficar tudo bem - como sempre fica. Que dissesses que também sabes que é comigo que queres ficar. Que me amas. Que me queres. Que não te imaginas com mais ninguém. É tudo o que quero. Tu.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

- 45

aposto que tal como me disseram a mim, também te disseram que quanto mais se sobe, maior é a queda e por isso tens medo

domingo, 6 de janeiro de 2013

- 44 (if this was the last dance of the night, will you join me til the morning light?)

Todos os dias chega à noite e este medo, este ridículo e incansável sentimento de perda chega aos meus braços. Às vezes acho que te perdi, acho que ficaste nas palavras que não te disseram, nos dias em que não te souberam viver, há dias em que acordo e que sinto saudades tuas, mas a verdade, é que tu estás a dormir a meu lado, e adormecemos os dois nos mesmos lençois com os dedos enterlaçados um ao outro, mas acordo a sentir-te a falta. Há noites em que não durmo e tenho medo de acabar por adormecer, é este sentimento estúpido de que te foste embora, mesmo quando estás deitado do meu lado, e os teus sonhos já te levaram para outros mundos. Todas as noites é isto, sinto que te foste, que te perdi, e talvez te tenha perdido no dia em que te perdeste de ti. Gostava de te encontrar, de te trazer todos os dias e arrastar-te para a nossa vida, mais uma vez. Quero viver todos os teus dias, os bons e os maus, e é por isso que não queria que te escondesses de mim. Queria ter-te em nós, outra vez.